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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

VIII - AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE


VIII - AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE


NEUZA MACHADO

 
 
 


VIII

A Dianna parolava

com o dito cujo Jaião,

o Jaião da Maré Brava,

tão longe de seu Sertão,

aquele Sertão da Alcaçava

de Amadeus Antigão,

o tal Mago que habitava

o Alto da Conceição,

um Monte Azul que evolava

de seu Pensamento em Ação,

Aquele que em Minas estava

para lhe dar proteção,

enquanto a Dita morava

na ex-Capital da Nação,

a Cidade que reinava

no fundo do coração,

pois a Cidade adotava

os que vinham do Sertão,

dando guarida, velava,

ofertando proteção

à mineirada’atilada,

que vinha espiralada,

com a escudela na mão.

 

Mas, a parolagem da Dianna,

com o dito Jaião Mareante,

era uma intriga-gincana

sobre o passado distante,

quando o Netuno reinava

nas águas do Veiro Atlante

e as sereias namorava

nas praias de lá, passante,

no tempo de mil amores

e de muito beijo ardente,

amor de mil’esplendores

despertando o Mar dormente.

 

Mas, quomodo o dito e grafado,

o outro Jaião Implicante,

o Jaião Latinizado

de um tempo já bem distante,

estava, ali, na mesa ao lado,

pronto para um EntreVero arretado

com a Diannazinha Dummont,

dizendo que o seu Parolado

era Comédia Farsante,

pois a Dianna do Cercado

do Neo-Brasil Imperante

não possuía palafrém neoblindado

para seguir adelante,

e que o seu Novinho Enrolado,

com verso neocamuflado,

era Canto insignificante,

um brasilês sem costado,

do português bem distante,

um português devastado,

destruído e mal-falado,

sem o valor do passado,

para seguir sempre adiante.

 

E dizia, o tal letrado,

pra plateia circundante,

em discurso improvisado,

com maldade redundante,

que a Dianna do Cercado,

do Brasil Neo-Imperante,

era cantora sem grado,

sem palavrório marcante.

E que, oimas!,

antecoante!,

a Dianna do Cercado

do Gran Brasil Importante,

não receberia aval selado

dos doutores impetrantes

oriundos de um Falado,

um tantinho embolorado,

repleto de regras, antiquado,

o falar colonizado

do brasilês, importado

de neoterras, imperante

no Segre do vei-passado,

do Mundo Desarmonizado

do dito grupo falante

que se queria exaltado.

 

E relembrando do D(o)ado

de sua parenta cantante,

a Circe de outro Enrolado,

do 2005,

Passante,

bastiu um entrevero exaltado

com o Jaião perpassante,

enquanto o Netuno, arredado

da tal Contenda Inflamante,

se pôs um pouco de lado,

apreciando a Cantante,

apreciando o ritmado

da Diannazinha Dummont,

a Dianna do Alargado

Neo-Brasil Proto-Gigante,

mas, pronto para um eixeco estressado,

muito bem aquilatado,

disposto a se meter no Intrincado,

se a Dianna do Narrado,

Neo-Narrado Espiralado

longe da Norma Imperante,

falhasse no seu Neo-Rimado,

perdesse o fio vibrante,

caindo no desagrado

de algum Leitor Importante,

e, sem fôlego animado,

sem fôlego gaseificado

de Prima Luz, ofertado,

falhasse no seu rompante,

e, com muito desagrado

perdesse o rumo da Ponte,

a Ponte do Neo-Sagrado,

Pontilhão Espiralado

que liga a mente Pensante

ao Plano Espiritualizado.

 

E foi assim o eixequinho

da Diannazinha Lunar

com o Jaiãozinh’Avozinho

da outra banda do mar,

na Taberna do Marinho

Netuninho Du Vei-Mar,

tomando gole de vinho

e alteando o parolar,

politizando o Pergaminho

com o Trovar do Neo-Luar,

buscando um Bello Caminho

para acertar o rimar

e vencer o Ávol’inho

com Verça Espetacular.

 

E foi assim o eixecado

da Diannazinha Dummont

com o Vei Mui Estressado

de um Passado Bell Distante,

aquele do Vei Falado,

falado conceituado,

um tal de pompa importante,

mas sem calor renovado,

sem cotejo neobrilhante

e sem seiva de Primado:

 

Saibais Vosmicê do Traçado

repleto de circunstância

que, esta, a vos falar enrolado,

não tem muita tolerância

para dialogar alinhado

com gente de veira importância,

pois seu conhecimento alargado

coloca-se espiralado

em cogito diferenciado

em um Neo-Cantar Diletante.

 

E eis aqui o historiado

deste eixecado inflamante,

neste Armazém Neo-Honrado

de Netuno Veiro’Amante,

neste Vinte e Um, começado

quomodo Segre Apreçante,

um apreço renovado

neste Mundo Guerreante,

necessitando, apressado,

de um Neo-Cantar edificante,

para mostrar ao Pro-Futuro

que um Brasil Já Sem Muro

delineia-se vibrante,

depois de um período escuro

que já se encontra distante.

 

No terceiro grau alado

de uma Nova de Novembro,

no Quarenta e Seis Porejados

do Segre Vinte Estupendo,

em um vinte e cinco assinalado

quomo data encantatória,

nasceu a Dianna do Narrado,

narrado sem muita glória,

pois seu pensar espiralado

não ganhou fama notória.

 

Os importantes do Fechado,

daquele Segre Vei-Memória,

um Grupo empoleirado

em fama vei-meritória,

muito bem calcificado

em regras de um tempo findo,

não perceberam o Neo-Mudado

de um falar muito lindo,

um falar necessitado

de um novo tom recém-vindo,

para realçar o Cercado

do Brasileiro sofrido,

que há muito estava alheado

de um Falar concorrido,

seguindo regras de Além-Mar

calcadas em vei estampido,

o som do passado exemplar

e de um poder já perdido,

um grupo vei-milenar

em velho fardão metido,

com a cabeça no vei mar

do conceitual exigido,

tomando Chá Secular

no Plano do Corrigido.

 

E o contra-ataque do Jaião,

contra-ataque de assustar,

meu Ouvinte!, Meu Irmão!,

a vós não quero narrar,

pois o dito cujo Truão

não parava de urrar,

um Truão Atrapalhão,

atrapalhando o Bell Narrar

da Dianna Concepção

que estava alegre a namorar

o Netuno Poseidon

da nossa parte do Mar,

pois, em rota aquariana,

viera, para cooperar

com a viagem da Dianna,

uma vidente lunar,

que naquela verv’ insana

estava com o Jaiasão a lutar,

enquanto o Netuno Bacana

ficava de lado a olhar

o tal entre-eixeco-gincana

do Jaião com a Lunar,

pois, o de Força Octoniana,

o Netuno PreAmar,

um pouco velho e sem gana,

não estava a fim de brigar,

deixando o cargo p’ra Dianna

Arthemis Luna Du Mar.

 

Então!?

Então, então, como não?

Foi um quebra-pau de arrasar!

O dito cujo Jaião

contra a Dianna Du Mar.

Na hora do eixeco gritante,

o Netuno, Veiro-Cansado,

ficou de fora, distante,

deixando a Dianna de lado,

mas, com certeza!, oscilante,

a recuperar o Forçado,

se a dita cujo Implicante

precisasse um Ajudado,

pois seu Tridentão Arpoante

conservava o valor d(o)ado

per Homero Edificante,

o Vate do Bell Pasmado

dos Gregos, itinerante,

andando sempre ocupado

em espalhar no horizonte

de um Futuro Puridado

o seu cantar alteante

e as rimas de seu rimado,

cantando a fúria inconstante

de Qualquer Proto-Ativado,

ou Rancho Revigorante,

Vitalizado, Agitado,

provindo, pré-guerreante,

do Mundo Mitificado,

a abalar a Estreante

e seu Cantar Renovado,

enquanto a dita cuja Adamante

recuperava o Passado.

 

Os urros do Afolido

espalhavam-se no horizonte,

em volta do Enlouquecido

armou-se querel’arfante,

era o povo do lugar

apreciando a Rompante,

torcendo pela Del Mar,

chamada também Del Mont,

pois sua aura sem par

brilhava, desafiante,

com a Lua Cheia a brilhar,

abençoando o neo-instante

do eixeco singular

entre a Dianna e o Gigante.

 

O Vei Gigante gritava

em cantorio horroroso,

e, à Dianna, intimava

um responso vigoroso,

o qual, a Dianna dizia

que o seu cantar neoformoso

não pertencia a secrelia

de um Vei Cantor Secreloso.

 

E o Secrelão do Passado,

o dito cujo Jaião,

em prosar desafinado,

criticava a do Sertão,

dizendo que o neo-do(a)do

era pura invenção

de cogito atrapalhado

distante da Vera Razão,

epos heroicizado

não existia acá mais não,

e mundo mitificado,

com bando de deuses em ação,

era coisa do passado

do português Avozão,

e que o Brasil, Neo-Consagrado

pel Luís em Ação,

não tinha Poeta Grado

para elevá-lo à condição

de País Abençoado

com um Neo-Cantar Bastião;

boa vontade no Cercado,

o Neo-Brasil do Eirão,

para cantar o Primado

do Bom Luís Grande Irmão,

era material descartado

― não existia, isto não! ―

pelo rico endinheirado,

o que recusa um doado,

um simples magro tostão

ao pobre descamisado

que vagueia na amplidão;

e mesmo qualquer galanado,

qualquer doutor da Nação

preso ao Rancho Politizado,

contrário à Limpa Eleição

do Pernambucano Atilado,

deseja que o Laureado

saia do Planalto Elevado

com a escudela na mão,

ou seja,

o rico do Neo-Brasil Muito Amado

não gosta do Luís, não!,

e deseja que, o Premiado

com o voto da população,

erre em seu passo do(a)do,

para fazer do Gran Cercado,

o Brasil Ex-Exerdado,

em novel bastidor tramado,

um País em Ascensão,

no Mundo todo firmado,

assinado e bem gravado,

quomodo de Direção,

estorvando o Contrariado,

o grupinho aenvidado

que não quer o Luís, não!,

não quer o País honrado,

o tal da oposição,

não quer que seja ovacionado,

no Mundão admirado,

o Brasil Ex-Eixerdado,

pel o Luís comandado,

e per outrem assinalado

com Nobre Classificação

no Mapa recém-desenhado

deste Presente Segrão,

o qual,

em um Amanhã Renovado,

será bem considerado

quomodo Aveziboõ,

Siiralento, Animado,

e nunca mais maculado

com a pecha da eixerdação,

e que o eixerdado já passado

não volte na contra-mão.

 

No entanto, e, entretanto,

a narradora a mim contou,

quem venceu o EixeCanto,

com muita honra e louvor,

foi a Dianna do NeoManto,

Brilhante, de Furta-Cor,

aquela que nasceu no Monte

do Divino Esplendor,

e que, naquele vero’instante,

já se despedia, anelante,

do Netuno Vei-Amor,

e de seu Tridentado Importante.

 

Entretanto, intralente,

retomando o Neo-Narrado,

a Dianna tão Valente,

do Gran Brasil Puridado,

estava indócil no Lar,

no Rio Maravilhado,

ou Rio Mui Exemplar!,

e, num momento de mente,

e, de repente, contente,

pegou o seu celular,

telefonou pro Influente,

aquele Sol Bonitão,

solicitou a Alada,

a Charrete Iluminada

repleta de superstição,

e voou em disparada,

com a alma renovada,

ao lado do Brilhantão,

para a Montanha Sagrada

do Alto da Conceição,

localizada e firmada

nas serranias doiradas

de seu Estado Antigão,

a Minas Gerais do Passado,

um passado idolatrado,

com muito empenho guardado

no fundo do coração.

 

Só que, ao longo da Estrada,

a tal, diferente e alada,

a Carruagem Dourada

seguiu por uma neo-estrada,

a chamada Via Honrada,

e foi parar, indomada,

na Praia do Grande Saco,

ou Saco Grande da Praia,

onde o parente de Bacco,

o Netuno PreAmar,

estava ali a morar.

 

E, antes que este enredo

sem medo

se transforme em um torpedo

e saia do linear compressão,

é preciso explicar,

com justa consideração,

e, com grande verve, narrar

a terrível confusão,

uma confusão de rascar!,

e de muito complicar

o teor da neocanção,

quando o Toinzão Milenar

deixou a Dianna no ar

e se mandou, num piscar,

para o Oriente Antigão,

mas, prometendo voltar,

para, em viagem, levar,

na prima hora sem-par

do seguinte diapasão,

ou medida do narrar,

por certo!, espetacular,

a Diannazinha Dumar,

saudosa de seu sertão,

até ao Alto Estelar

da Montanha Secular,

chamada pelos de lá

de Montanha Basilar

ou Monte da Conceição.

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