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domingo, 29 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - O SÉCULO XX DO AZAR EM RECONTAR FAMILIAR

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - O SÉCULO VINTE DO AZAR EM RECONTAR FAMILIAR

NEUZA MACHADO





A que narra, Avantalhada

contra o Desdém Doctoral,
pensando a História Passada,
para Honrar este Jogral,


vai contar ao Neo-Ouvinte
(ou a quem possa interessar!)
o que houve, no seguinte
Sobressinal Governar.


Explicando ao Neo-Leitor:
a Disputa acontecida
entre a Elite Fina-Flor
e a Escravidão Consentida.


Mas, adianto a Conclusão
daquella Hora de Breu:
na Dura Competição,
a Casa Grande Venceu.


A Governança Interina
(foram três a governar),
sairá da Vei-Neblina
de Vei Contar Familiar,


pois o Susto da Família
desta narradora em Acção,
até hoje ainda Brilha
em sua Mente e Coração,


o Susto do Pai Ordeiro
provindo do Vei-Sertão,
o que perdeu o Gran-Roteiro
da Familiar Ambição,


e, naquelle Instante do Susto
da Instabilidade Ilusória,
um Pobrim Parente do Augusto
(aquelle da Veira História),


vivendo o Auge do Getulismo,
quomodo um João Sem-Glória,
um vero fã do Neo-Varguismo
amargando Velha História,


mas, consciente do Estertor
da Politicagem Bandida,
um Simples Trabalhador,
naquella Disputa Renhida.


O que agora vou contar
(preste bastante atenção!)
provém de Recontar Familiar
sobre Aquelle Tempo de Então,


pois a que está a narrar,
menininha, sem noção,
não podia retramar
o Eixecar da Ocasião.


Naquelle Período Abissal,
de Adurento Alvorecer,
o Povo dicto Espectral,
sem Luz Própria pra viver,


bebeu o Copo de Fel
da Briga Desventalhada,
pois, a Caneca Mel
prometida, mas negada!,


se transmutou em Tonel
de Promessa Desdenhada,
em meio ao Grande Aranzel
da Discurseir’Orquestrada.


Mas esta História doída,
ao Leitor peço perdão!,
só se mostrará, aquecida,
na próxima Capitulação.

domingo, 22 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - MOMENTO INTERSTICIAL NO COMANDO NACIONAL

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - MOMENTO INTERSTICIAL NO COMANDO NACIONAL

NEUZA MACHADO

 



O Tal Governo Interino,

depois que o Getúlio morreu
(Vei-Governo Extrafino
dominando o Pigmeu),


para evitar Desatino
ou Grande Rebelião
engabelou o Pequenino
com Discurso-Enganação,


prometendo ao Brasileiro
(o Eleitor da Ocasião),
um Novo País Ordeiro,
depois de Nova Eleição.


O que aconteceu realmente,
bote fé na contação!,
foi que a morte do Valente
Presidente da Nação,


O Getúlio, Influente
Paizão do Pobre Sem-Pão,
deixou um Vazio Dolente
no Coração do Povão.


Co’a morte do Imperante,
(o Amado do Poviléu)
o Futuro Cintilante,
já registrado no Céu,


de um Brasil Mui Actuante,
Igualitário, Irmanal,
rumou-se para bem distante,
perdeu-se no Lodaçal


da Politicagem Implicante,
Ambiciosa e Cruel,
e, graças a tal Agravante,
o Poder ficou ao Léu.

A Verdade Integral
Daquella Hora Aleiventa
(um Momento Intersticial,
sinalizador da Tormenta


que anunciava, factal!,
o que viria, no Sessenta
do Domínio Radical),
enrolou-se na Ementa

da História Oficial
(resumo da Escrita-Enta
da Chufaria Central
daquelles Annos Cinquenta).


A que narra, Avantalhada
contra o Desdém Doctoral,
pensando a História Passada,
para honrar este Jogral,

vai contar ao Neo-Ouvinte
(ou a quem possa interessar!)
o que houve, no seguinte
Sobressinal Governar.

A Governança Interina
(foram três a governar),
sairá da Vei-Neblina
de Vei Contar Familiar.

E a História mui doída
sem Glória, sem Galardão,
se mostrará, aquecida,
na próxima Capitulação.

domingo, 15 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - DA BONDADE PERMITIDA À ESCRAVIDÃO CONSENTIDA

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - DA BONDADE PERMITIDA À ESCRAVIDÃO CONSENTIDA

NEUZA MACHADO
 




Buscando a História Passada,
nas Cobras deste Neo-Jogral,
a que narra, Avantalhada
Contra o Desdém Doctoral,


vai mostrar à Neo-Moçada
o que o Opressor escondeu:
a Escravidão Promulgada,
depois que o Getúlio morreu,


para que o Jovem Animado,
deste Momento de Glória,
repense o Negro Passado
do Brasil, de Triste História:


Co’a morte do Muito’Amado
Presidente da Nação,
o Gran Getúlio, Venerado
pelo Pobrim Sem-Tostão,


o Envidado Venceu...
(o tal da Oposição,
o Avoloso Sandeu,
o Inimigo do Povão,


o da Elite Imoral,
o do Fel no Coração,
o Aleivoso, o Desleal,
o da Parole com Arpão,


o Amigo do Inimigo
da Brasileira-Nação,
o que queria Sem Abrigo
a Pobre População).


E o Envidado venceu...
E o Povão ficou na mão...
Sem o Líder, o que morreu!,
o de Boa Condução.


Se o Viver já era um Breu,
sem Luz ficou a Nação,
o Alcácer todo tremeu,
o Povo ficou sem Ação.


E o Brasil vivendo a Sina
De Neo-Crise, Neo-Tensão,
sob a Governança Interina
dos Chefes de Oposição,


os de Discurso Enrolado,
os Sem Amor per o Irmão,
os de Parolar Entrançado,
com Muita Sofisticação,


enganando o Eleitorado
com Promessa-Burlação,
levando o Enganado
a uma Outra Escravidão.


O tal “Direito Legal”
concedido ao Pobrezinho,
o Tal do Salário Mensal
um Pouquinho Melhorzinho


a elevar a moral
de quem vivia em desalinho,
o da Escravidão Serviçal,
a receber Trocadinho


por seu trabalho braçal
em Eira de Muito Espinho,
sem o Apoio Patronal
do Chefãozinho Mesquinho,


pois o tal “Salário Legal”
do Pobrinho-Coitadinho,
consentido pelo’Aval
do Presidente-Padrinho,


o Getúlio Maioral,
Herói do Povo Sem-Ninho,
o Distinto Paternal
que se lembrou do Povinho;


redigo: o tal “Salário Legal”,
que era um pouco melhorzinho,
naquele tempo Factal,
encolheu devagarinho,


e na Era Vei-Treval,
da Politicagem Renhida
de um Passado Abissal,
sem Fiúza Colorida,


o tal “Salário Legal”
da “Bondade Permitida”,
transformou-se na Amoral
Escravidão Consentida.


Consentida pelo Dicto
Trabalhador Pobretão,
a se contentar com o Restricto
Salário da Ocasião.


O Tal Governo Interino,
depois que o Getúlio morreu
(Vei-Governo Extrafino
dominando o Pigmeu),


para evitar Desatino
ou Grande Rebelião
engabelou o Pequenino
com Discurso-Enganação,


prometendo ao Brasileiro
(o Eleitor da Ocasião),
um Novo País Ordeiro,
depois de Nova Eleição.


O que aconteceu realmente,
bote fé na contação!,
foi que a morte do Valente
Presidente da Nação,


O Getúlio, Influente
Paizão do Pobre Sem-Pão,
deixou um Vazio Dolente
no Coração do Povão.


Co’a morte do Imperante,
(o Amado do Poviléu)
o Futuro Cintilante,
já registrado no Céu,


de um Brasil Mui Actuante,
Igualitário, Irmanal,
rumou-se para bem distante,
perdeu-se no Lodaçal


da Politicagem Implicante,
Ambiciosa e Cruel,
e, graças a tal Agravante,
o Poder ficou ao Léu.


A Verdade Integral
Daquela Hora Aleiventa
(um Momento Intersticial,
sinalizador da Tormenta


que anunciava, factal!,
o que viria, no Sessenta
do Domínio Radical),
enrolou-se na Ementa


da História Oficial
(resumo da Escrita-Enta
da Chufaria Central
daquelles Annos Cinquenta).


A que narra, Avantalhada
contra o Desdém Doctoral,
pensando a História Passada,
para honrar este Jogral,


vai contar ao Neo-Ouvinte
(ou a quem possa interessar!)
o que houve, no seguinte
Sobressinal Governar.


A Governança Interina
(foram três a governar),
sairá da Vei-Neblina
de Vei Contar Familiar.


E a História mui doída
sem Glória, sem Galardão,
se mostrará, aquecida,
na próxima Capitulação.

domingo, 8 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - A CAMELOTE BRASILEIRA DO FINAL DO SÉCULO PASSADO

 A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - A CAMELOTE BRASILEIRA DO FINAL DO SÉCULO PASSADO

NEUZA MACHADO


 



A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - A CAMELOTE BRASILEIRA DO FINAL DO SÉCULO PASSADO

NEUZA MACHADO


Na Antiga Camelote
do meu País Sem-Igual,
de nome raro – Brasília,
do Brasil a Capital –,
muitos Jaians – em magote –
dominavam o Espectral
– sem comida, sem mobília –,
o Povinho Fantasmal,
a caminhar sempre em lote,
sem um destino final
que o tirasse da miséria
de um viver com pouco sal,
a trabalhar por rala féria
sem valor comercial,
que mal dava p’ra despesa
do despender semanal,

enquanto a Alta Realeza
manjava Manjar Real
– picadinho de nobreza,
de Cozinha Imperial,
filet-mignon, com certeza!,
para o Jaião Principal,
pois a Corte – à francesa –,
da bendita Capital,
no Vinte – da Gran Pobreza
do Brasileirinho Banal –,
nadava em luxo e esperteza,
sem ligar pro’Espectral
– o Tal da Vera Pobreza,
uma pobrez’anormal –,
em meio à Larga Riqueza
de um Gran Brasil Colossal.

Agora, um Excurso Legal
para entender os mosaicos
deste Cordel Neo-Graal:
Os paralogens arcaicos
exigem atenção total,
pois, levemente prosaicos,
neste “Lictígio Actual”,
à moda dos escritos laicos
da Era Medieval,
revelam a Gran Demanda
de um Povo que, ao Final
de um Domínio mui nefando
de Língua Não-Nacional
– um linguajar estrangeiro,
altivo, Senhorial,
no Vinte, muito guerreiro!,
Séc’lo de Guerra Viral –,
a Portuguesa apagando
do Compêndio Brasileiro,
– o Linguajar do Comando
de Proprietário Encrenqueiro –,
a colonizar, comandando!,
a Mente do Sem-Dinheiro,
Colônia Mental actuando
no Escolar Sem-Roteiro.

Portanto, neste Eixecal,
Um recontar Tramareiro
para um “Demandar Legal”
nas Aras do Mundo Inteiro
– a Nossa Aldeia Global –,
a que narra resolveu
visitar o Vei-Glossário
de um Cantarzão de Museu
– as Musas do Dicionário
em Festival Himeneu
com um Vei-Vocabulário
pra’um Neo-Povão Altaneiro –,
rectomando o Original,
com a força do Verbo dado
por Navegador Cordial,
dinâmico, aventureiro,
provindo de Portugal,
um Linguajar Muito Amado
pelo Vero Brasileiro,
descendente, já provado
por DNA Verdadeiro,
de Pedro Álvares Cabral,
o “Chefe Enéias Primeiro”
da “Brasileida” Imortal
do Português Pioneiro.

Nos idos que lá se vão,
no Dezenove Final
da Moderna Convenção
de um viver Não-Social,
o Brasil, na contra-mão
do Progresso Maquinal,
vivia da Escravidão,
em retrospecto vital.

Foi então que apareceu
a Princesa Genial
e com u’a vera grandeza,
por certo!, meio anormal,
– pois o rico, com certeza!,
em seu viver especial,
não avalia a tristeza
de quem sofre o grande mal
de não ter comida à mesa
pra ter saúde normal –
a dicta cuja Princesa,
a Isabel Senhorial,
filha de Sua Alteza,
o Pedro Segundo Legal
oriundo da nobreza
provinda de Portugal,
em sua gran realeza,
com toda pompa real,
num gesto de gran justeza,
libertou o Espectral
da Escravidão-Malvadeza
no Dezenove Final.

Mas, o gesto cordial
da Princesa, no seguinte
Século, muito imoral!,
o dicto Século Vinte
de um Milênio Anormal,
o Segundo, do Acinte
de Guerrona Universal,
só na História ficou,
distinguindo a Imperial:
e o Pobrim continuou
a viver Inferno Astral;
no Brasil, nada mudou
para o Pobre Espectral,
pois a Escravidão se firmou,
quomodo fosse normal,
norma que o Rico impostou
no Cartório Principal
onde o Primeiro assinou,
as Regras do Capital,
tomando de quem suou,
capinando vei-roçal,
tudo o que lhe restou
de dignidade e moral,
pagando a quem labutou
co’um ordenado banal.

No princípio sem ação
Do Vinte, Sec’lo infernal
da Moderna Convenção
de um viver Não-Social,
o Brasil, na contra-mão
do Progresso Maquinal,
rectomou o diapasão
d’uma Era Mui Treval
– o mesmo Velho Padrão
de trabalho artesanal –,
em que Fazendeiro-Patrão
de Nova Hora Abismal,
de Mestiça Geração,
mas, com poder anormal
pra continuar Sinhozão,
tinha Lavrador Braçal,
em cada Canto do Sertão
do Gran-Brasil, Gran-Terral,
onde impunha a Larga Mão
do Comandar Regional,
submetendo o Povão
e sua Prole Espectral
co’um soldo-escravidão
preso no Armazém Geral
(propriedade do Mandão,
o Sinhôzão Principal),
o soldo da refeição
da necessidade vital
para a rala mastigação,
o arroz bichado e o sal,
um punhado de feijão
e o cafezim matinal,
e nada de tropicão
– nada de carne com sal
e manteiguinha com pão
na refeição trivial
do Pobrezinho Peão,
a trabalhar por jornal.

(Carne de porco-capão
de saborzim sem-igual,
só na mesa do Chefão,
o Escravocrata Letal,
o dicto cujo Senhorzão
da Escravidão Serviçal).

Por meio de escrita lenta,
revelando o Espectral
– o de Vida Desgrenhenta,
o Brasileiro Braçal –,
a que narra, agora enfrenta
“Demanda” Vei-Temporal:
recontar a Virulenta
Realidade Frontal,
do Princípio dos Quarenta
ao Dois Mil e Dois Final
de uma Era Violenta,
guerreira, muito bructal,
a Vida Dura e Visguenta
de um Povo em Crise Abismal,
sem dinheiro e vestimenta
para um Viver Menos Mal,
pois, desde o Dicto Quarenta
ao Dois Mil e Dois Amoral,
a Tormenta Torturenta
da Pobreza Sem-Igual
atacava, Violenta,
o Pobrinho-Marginal
(à margem da Vida Benta
somente p’ro Fidalgal),
com a Fome Fraudulenta,
Abusiva e Imoral,
uma Fome Turbulenta
levavando-o à Morte Factal.

O Eixeco desta Ementa
é para um Trovar Neo-Graal
sobre a Vida Desgracenta
do Esfaimado Braçal,
Aquelle sem Vestimenta
e sem Salário Legal,
e sem a Protecção Isenta
do Mandante Oficial
daquelles Annos Noventa
da Veira Folhinh’Astral,
e para Tal Siira Lenta,
nesta Contenda Graal,
a que narra agora intenta
um Contar Alavancal
pra narrar a Vei-Tormenta,
em meio ao Caos Social,
dos Oito Milhões, no Noventa,
passando Fome Lectal.
Noventa da Era Sangrenta,
pior que a Medieval.

Depois dos Annos Quarenta
da Segunda Mundial,
– a Guerrona Violenta
replecta de fúria e mal –
o Brasil empobreceu
de uma maneir’anormal,
pois o País conheceu
Obscura Era Factal,
em que o Cras era um só Breu
e a Domaa um só Treval,
um Amanhã com pouco mel
num Segre mui profanal,
pois, já pobre e malmenado,
mais pobre o Brasil ficou,
muito Jaião eixerdado,
perdendo o que afanou
do Pobrezinho Iletrado
que por ele trabalhou
sem receber o agrado:
pagamento a quem suou.

João Sem-Terra Profaçado,
perdendo tudo o que ganhou
como Vei-Herdeiro Grado
que nada não trabalhou,
ou um Augusto Marcado
como rês, por quem domou
em trabalho escravizado,
pois, sem pagar a quem suou,
foi perdendo o seu Roçado
p’ro Vizinho que enricou,
e em Gran Encrenca Atolado,
esbanjando o que herdou,
aquelle foi o Antes falado,
o Herdeiro que afolou
no Dezenove, do fado
de não urdir o que sobrou;
aquell’Outro, o do Eixecado
para vencer o que Ancorou
em Regras de Vei-Passado,
foi o Esperto que tomou,
no Sec’lo XX Azado,
as terras de quem lucrou
com Trabalho Escravizado:
o Neo-Rico que ficou
Co’o Cetro do Profaçado.

Foi então que aconteceu,
naquelles Annos Seguintes
da Dicta Era Factal,
a tal Idade do Breu,
o Dicto Século XX,
Era Trans-Conjuntural,
replecta de Sinhô Plebeu
escravizando, com requintes
de crueldade anormal,
o que se trabalhou e morreu
como Execrado Pedinte
sem recompensa vital;
então, repito, aconteceu
algo mui fenomenal,
de modificada infração:
na política apareceu,
um Ricaço fiz, leal,
pra governar a Nação,
um Herdeiro Neo-Plebeu
da Escravidão-Serviçal,
mas Sinhô Bom Coração
que ao Pobrim concedeu
algum Direito Legal,
tornando-se, por tal razão
(não se dicta o que ocorreu
com Parolinha Normal!)
o Presidente-Paizão
do Povinho Pigmeu
da Escravatura Mensal,
amado, com emoção!,
colocado em apogeu
no Panteón Principal;
com muita convicção!,
o Dicto Cujo Neo-Plebeu,
Presidente Nacional,
Deu guarida ao Pobretão,
ao celebrar o Himeneu
do Povo com o Capital,
e, por ter bom coração,
afrontou o Briareu
da Elite Sem-Moral,
que não queria o Povão
tractado com Pão e Mel
pelo Chefão Principal.

E o Presidente da Nação,
naquelles Annos de Breu
de Veira Folhinh’Astral,
por amar o Sem-Tostão
– o Brasilerim-Pigmeu –
com Afeto Paternal,
não aguentou a tensão,
provocada por Sandeu
da Elite Radical
– a escravizar seu Irmão,
aquelle que muito sofreu,
co’um trocadinho mensal –,
pois, tal protecção lhe rendeu
o ódio da Oposição,
– Oposição Sem-Moral –
e o Getúlio então morreu,
pois “Demandou” pro Povão,
envidando o Ávol-Sacal.

domingo, 1 de abril de 2012

A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - BRASIL: PASSADO VERSUS PRESENTE


A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - BRASIL: PASSADO VERSUS PRESENTE


NEUZA MACHADO




Créditos: Blog Amigos do Presidente Lula - 22-01-2012
amigosdopresidentelula.com.br



(Texto escrito por ocasião das eleições brasileiras de 2010)


“Demanda” Quer Dizer “Processo”,

Pode ser “causa” ou “questão”,
“Lictígio” (contra quem é avesso
aos “desmandos” sem-razão).


“Demanda” quer dizer “pleito”,
pode ser muita “intenção”
de prejudicar o Grã-Sujeito
que só quer o bem da Nação.


Toda “demanda” tem preço,
pois é um “serviço” a prestar,
“demanda” de rico é um excesso
de dinheiro a re-contar.


Se toda “demanda” tem preço
pois é um “serviço” a prestar,
“demanda” de pobre é um excesso
de contas sem-conta a pagar.


A “demanda” do pobre é um Calvário
Muuuito Antigo!, em meu Lugar,
uns poucos com altos salários
querendo ao pobre explorar.


Togado exigindo mais soldo,
esvoaçando seu Talar de Marajá,
pago por quem não tem toldo
e vai vivendo ao deus-dará.


A “demanda” do rico é de um jeito
que não dá para explicar:
Pense num grande eito
com “grana” a multiplicar,


o rico, com grande efeito,
o seu feudo a comandar,
e o “pobrezinho sujeito”,
na soleira a trabalhar,


sem ter sequer o direito
de “demanda” a reclamar,
com muita dor em seu peito
e um salariozinho de amargar.


“Demanda” agora é lutar
por justiça social,
que permita equilibrar
a riqueza nacional,


diminuindo a realeza
do rico, e seu embornal,
sua bolsa de riqueza,
de tamanho colossal.


Riqueza adquirida
com o trabalho do Povão.
A grã-pobreza sem vida,
sem comida, sem tostão.


E o rico, aqui da Parada
(as Revistas e os Jornais),
a reclamar, de lufada!,
como nunca se viu!, jamais!,


Da Bolsa-Família dada
ao brasileirinho sem-eira,
um dinheirinho de nada,
que muito ajuda na Feira,


uma Bolsa abençoada,
uma ajuda hospitaleira,
uma bem-vinda guinada
em nossa Rota Brasileira.


Que custa menos que os “Quilates”
doados, pelo Rico Milhardeiro,
aos “Uisqueiros” das Boates
das Cidades do Estrangeiro.


Os ricos, todos, ganhando
Dinheirão-Jabaculeiro,
e, ainda, reclamando
da “Bolsa” do Sem-Dinheiro!


O “actual” desta “Demanda”,
à moda Colonial,
foge à regra que comanda
a nossa Norma Atual,


que retira o que excede
de um narrar dicto normal,
pois todo falar procede
de seu meio social.


E o falar do brasileiro,
neste Terceiro Global,
é um falar milongueiro,
diferente, musical,


a linguaragem de acá,
– o meu falar nacional –
não é o mesmo de lá,
o português de Portugal.


Mas, a minha Neo-“Demanda”,
requer um Diferencial,
pois é uma Causa-Ciranda
neste meu Brasil Actual,


“demanda” de pobre desanda
em Revista e em Jornal,
a Imprensa não dá “Anda”
para o Pobre Espectral.


E se for um Neo-Narrado,
e não intrigar o Leitor,
não será valorizado
por Analista-Doctor,


quem “demanda” para pobre,
costuma perder o valor,
lutar contra gente esnobe,
“demanda” muito suor.


Que o diga o nosso Nobre
Presidente Não-Doutor,
por mais que ele se desdobre
para fazer o melhor,
distinguindo o rico e o pobre
deste Brasil Multi-Cor,
com palavra de mor-dobre,
nos “Pleitos” do Exterior,
a Imprensa daqui encobre
o seu devido valor.


Por isto, esta “Demanda”,
“demanda” um diferencial,
por meio de Veneranda
formatação "mineiral",
“demandando” vei-linguagem
de um passado imortal,
provinda da Grã Viagem
de Pedro Álvares Cabral.


Esta minha Neo-Varanda
pretensamente Original,
esta vera Neo-“Demanda”
do “Actual” de meu Jogral,
luta por quem não tem “Anda”
para uma “Demanda” Legal.


Aqui, ainda há Pobres sem lar,
e há Muuuitos no Exterior,
e são poucos a lutar
para tirá-los do horror,
é preciso “trovejar”
– o Cônscio Neo-Trovador –,
é preciso “demandar”
para quem aspira a ter valor
e não tem voz de troar
em Távola de Imperador.


Nesta “Demanda Actual”,
do Terceiro – Vinte e Um –,
do “Sancto Graal Nacional”,
– Futura Copa Incomum –,
a que narra, cantará,
com engenho e muit’ação,
a antiguinha vida ao deus-dará
da pobre população
de um Brasil Abençoado
com fartura em profusão,
de Passado Atrasado
– não esquecido, isto não! –,
em que um Povo Assinalado,
pra ter fartura em montão,
vivia desmotivado,
com doença e sem ação,
vivendo vida cruenta
– o meu Brasileiro-Povão –,
pois, ao final dos noventa,
do Vinte Sem-Condução,
ficava com o bolso vazado,
a trabalhar por tostão,
comendo o pão amassado,
com o Rabo do Tinhão,
feito com trigo mofado,
replecto de podridão.


E quando não tinha nada
no fogão do meu Povão
pra nutrir a criançada
com boa sustentação,
a família azarada,
sem nenhuma condição,
sem empreguinho, sem nada,
em magoada arribação,
saía pela Cidade
com o pratinho na mão,
implorando caridade
pra os que tinham coração.


Quando o Terceiro chegou,
o Século da Salvação,
a vida do pobre mudou,
graças à Nova Eleição,
– uma Eleição!, Com Efeito! –,
e o Brasil então ganhou
vida nova, gran respeito,
muita consideração
por parte do Mundo Veiro
que perdia seu Milhão,
pois enquanto o Estrangeiro
guiava na Contra-Mão
o seu progresso financeiro,
perdendo a direcção
de como ganhar dinheiro,
sem cuidar do seu povão,
o nosso Gran Brasileiro,
o Luís, Revelação
de um Guia Bom-Timoneiro
para a Brasileira-Nação,
com a força de quem sofreu
no Passado privação,
a Gran Tormenta venceu,
sacudiu a inação
que fazia o Brasileiro
aceitar a escravidão,
submisso ao Estrangeiro
que era o Grande Patrão.


E tudo aqui melhorou!
Com a Moral mais elevada,
o Brasileiro ganhou
a nutrição desejada
– aquele muito pobrinho
que saía pela estrada
com a Família em desalinho
pedindo boa pousada,
muita bondade e empreguinho,
à Elite Endinheirada.


Mas a “Demanda Actual”
não pode agora parar,
a “Demanda Nacional”
precisa muito lutar,
ainda há pobres sofrendo,
a viver ao deus-dará,
muitas pessoas morrendo
sem o Nutritivo Maná.

E o rico, aqui da Parada
(as Revistas e os Jornais),
a reclamar, de lufada!,
como nunca se viu!, jamais!,
da Bolsa-Família dada
ao brasileirinho sem-eira,
um dinheirinho de nada,
que muito ajuda na Feira,
uma Bolsa abençoada,
uma ajuda hospitaleira,
uma bem-vinda guinada
em nossa Rota Brasileira,
que custa menos que os “Quilates”
doados, pelo Rico Milhardeiro,
aos “Uisqueiros” das Boates
das Cidades do Estrangeiro.