NEUZA MACHADO
O Tal Governo Interino,
depois que o Getúlio morreu
(Vei-Governo Extrafino
dominando o Pigmeu),para evitar Desatino
ou Grande Rebelião
engabelou o Pequenino
com Discurso-Enganação,
prometendo ao Brasileiro
(o Eleitor da Ocasião),
um Novo País Ordeiro,
depois de Nova Eleição.
O que aconteceu realmente,
bote fé na contação!,
foi que a morte do Valente
Presidente da Nação,
O Getúlio, Influente
Paizão do Pobre Sem-Pão,
deixou um Vazio Dolente
no Coração do Povão.
Co’a morte do Imperante,
(o Amado do Poviléu)
o Futuro Cintilante,
já registrado no Céu,
de um Brasil Mui Actuante,
Igualitário, Irmanal,
rumou-se para bem distante,
perdeu-se no Lodaçal
da Politicagem Implicante,
Ambiciosa e Cruel,
e, graças a tal Agravante,
o Poder ficou ao Léu.
A Verdade Integral
Daquella Hora Aleiventa
(um Momento Intersticial,
sinalizador da Tormenta
que anunciava, factal!,
o que viria, no Sessenta
do Domínio Radical),
enrolou-se na Ementa
da História Oficial
(resumo da Escrita-Enta
da Chufaria Central
daquelles Annos Cinquenta).
A que narra, Avantalhada
contra o Desdém Doctoral,
pensando a História Passada,
para honrar este Jogral,
vai contar ao Neo-Ouvinte
(ou a quem possa interessar!)
o que houve, no seguinte
Sobressinal Governar.
A Governança Interina
(foram três a governar),
sairá da Vei-Neblina
de Vei Contar Familiar.
E a História mui doída
sem Glória, sem Galardão,
se mostrará, aquecida,
na próxima Capitulação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário