A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - 1956 - ANDANDO DE BICICLETA NO SONHO DO GRAN PROFETA
NEUZA MACHADO
Naquelle Tempo de Então,
Um Tempo Que Longe Vai,
A Que Narra, Com Emoção!,
O Narrar do Veiro Pai,
Andava de Bicicleta
Nas Ruas de Carangola,
Uma Cidade Discreta
De Minas, da Vei-Parola.
Andava de Bicicleta,
Sem Pensar no Amanhã,
Uma Vidinha Correta
De Menininha-Aldeã.
Saia da “dos Romanos”,
Ruazinha Sem-Igual!,
Sem Pensar nos Grans Tiranos
Do Politicar Nacional.
Na Gran “Magalhães Queirós”,
Ruazona de Polaco,
Passava, Muito Veloz!,
Frente ao Posto da Texaco.
Em Sua Vida Infantil,
A Pobre Não Viu Primeiro
Que os Mandantes do Brasil
Provinham do Estrangeiro.
A Rua Toda Exalava
O Poder do Gran Patrão,
A Texaco Oficiava
Naquelle Tempo de Então.
O Petróleo Brasileiro,
Naquelle Tempo Aleivão,
Já Tinha o Gran Forasteiro
Tirando-lhe Um Bom Quinhão.
Naquelles Annos Cinquenta
No País da Redenção,
O Pobrim da Vei-Tormenta
A Esperar ReNovação.
E a Que Narra a Pedalar,
Na Bicicleta de Então,
Nas Asas do Bom Sonhar,
Sem Medo de Assombração.
Era o Anno Cinco Seis
Do Vinte Desafinado,
E a Profecia se Fez
Em Sonho Santificado:
Anno Que Começou
O Governo Em Ascensão,
Daquelle que Aproveitou
O Sonho do Sancto João.
O Sonho do Gran Profeta
Do Mundo Dicto Cristão,
Um Profeta Neo-Asceta
Com o Dom da Previsão.
Pois o Profeta Previu
A Terra da Promissão,
No Centro do Gran Brasil,
Com Muito Ouro e Carvão,
Minérios e Pedras Mil,
Petróleo em Profusão,
Uma Terra Sem Ardil,
Mui Propensa à Mansidão.
Um Sonho Com Muita Luz:
A Neo-Terra Prometida
Ao Gran Povo de Jesus
Que nos Baixios da Vida
Carregava Grande Cruz,
Enfrentando Fome e Frio,
Sem Casaco, Sem Capuz,
Em Seu Viver Mui Sombrio.
Na Sancta Folha Cristã,
O Sonho Foi Registrado,
Demarcando o Amanhã
De Um País Muito Dourado.
O Sancto Bosco Sonhou
Um Sonho-Revelação
E o Sancto Pai Rubricou
O Sonho do Sancto João.
E o Juscelino ReNovou
O DesMedido Sonhão,
E ao Gran Sancto Dedicou
A Capital da Gran Nação.
A Lua Cheia Reinava
No Anno 56
E o Pobrim Já Venerava
O Sonhador de Novas Leis.
A Lua do Sonhador
Da Gran Tribuna-Holofote...
Do Dicto Gran Construtor
De Brasília-Camelote...
E a Presidência Passou
Para as Mãos do Superfino,
O Que’Amplas Metas Sonhou
O Gran Jaião Juscelino.
E a História Agora Começa
Em 31 de Janeiro,
Com Governança Tripeça:
Além do Vice, o Escudeiro.
Um 31 de Janeiro,
Por Certo!, Abençoado!
Reservado ao Padroeiro
Do Sonho Mui Bem Sonhado.
Dia da Sancta Morte
De Dom Bosco, o Pré-Vidente,
O Que Doou Boa Sorte
Ao Jota Ka Presidente.
No Anno 56,
Em 31 de Janeiro,
Iniciou-se o “Já Podeis”
De Um Brasil Bell-Altaneiro.
Assumiu a Presidência
Um Gran Mineiro Afamado,
Com a Ajuda da “Eminência”
E do Goulart Mui Amado,
E A Narradora Pedalando
Em Narrar Continuado,
A História, Repensando
P’ra Não Perder o Amarrado...
No Anno Cinquenta e Cinco,
O do Mercúrio Esquentadão
(O Que Tinha a Chave e o Trinco
de Um Portal-Transformação),
Em Um Quatro de Abril
Do Tal Anno Assinalado,
Em Comício Mui Febril
Do Coligar Ajustado,
Juscelino Bell Falava,
Prometendo Muit’Ação,
Com Muito’Empenho Buscava
O Apoio do Gran Povão.
Do Povo de Jataí,
Cidade da Convenção,
Um Lugar Longe D’Aqui,
Em Goiás, Médio-Centrão.
Mercúrio Já Começava
A Mexer no Gran Chavão...
E a Platéia Delirava
Com o Discurso do Jaião...
Um Parolar Grandioso
Com Promessa-Mutação:
Fazer do Brasil Idoso
Uma Novinha Nação.
Se Eleito Governante,
O Progresso Chegaria
Àquelle Lugar Distante,
Perdido na Periferia.
Em Meio às Horas Solares,
Às Vésperas, Um Assuntou,
Era o Toniquinho Soares
Que ao Gran Líder Perguntou
Sobre o Projecto Sagaz
Da Demanda’Imperial:
A Construção em Goiás
Da Sonhada Capital.
E o Jaião Pegou no Ar
A Demanda Imperial,
E, Sem Um Pestanejar!,
Prometeu a Capital.
No Dia Quinze Seguinte,
Já Com o Projecto Legal,
Demarcou-se, Com Requinte!,
O Local do Gran Sinal.
Ali Já Se Confirmava
O Êxito da Eleição,
A Coligação Já Mandava
P’ros Quintos, a Oposição.
E o Pobrinho Miudinho,
Em Minas da Tradição,
A Ouvir no Neo-Radinho
As Notícias do Acordão.
E a Que Narra, ’Inda Menina,
De Bicicleta, a Andar,
U’a Menina Traquina
Que Só Sabia Sonhar.
Mas, Hoje, Uma Boa Filha!
Apresentando a Grande Glória
Da Construção de Brasília
(O Outro Lado da História),
Relatada Por Quem Viveu
O Momento-Transição,
Mas Que Nunca Conheceu
A Valorização do Povão.
Mas a História do Prodígio
Do Precursor Genial,
Levando o Voto-Litígio
Para o Planalto Central,
Do Que Driblou o Incréu
Com Promessa Sem-Igual,
Prometendo Um Novo Céu
Para o Pobrim-Espectral,
Pois o Dicto do Estrondado
Da Estrutura da Nação,
Será, Por Certo!, Apresentado
Na Próxima Capitulação.
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domingo, 15 de julho de 2012
segunda-feira, 9 de julho de 2012
A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - 1956 - A TERRA DA PROMISSÃO QUOMODO TERRA-INVENÇÃO
A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - 1956 - A TERRA DA PROMISSÃO QUOMODO TERRA-INVENÇÃO
NEUZA MACHADO
NEUZA MACHADO
Continuando a História-Mote
Contada Por Quem Viveu
Aquelle Sec’lo-Calote
Contra o Pobrim-Pigmeu,
Aquelle Que Foi Logrado
Na Demanda do Gran Lott,
Pensando Que o Laureado
Não Lhe Daria Pinote,
E Que o Voto Assinalado
Lh’Outorgaria Um Bom Dote.
– Mas o Pobrim ’Tava’Enganado:
Ganhou Coice no Cangote! –
A História Aqui no Ar,
A Falar do Grande Trote,
Saiu do Vei-Repensar
De Quem Viveu o Lorote,
Passando a Vida a Penar
Com o Dolor do Gran Pinote,
Pois o Tal Coice Sem-Par
Doeu Sempre Em Seu Cangote.
Agora, Sem Grande Glória!,
A Que Narra, Boa Filha!
Apresentará a História
Da Construção de Brasília,
Contada Per o Velhinho
Que Admirava o Getúlio,
Pois, Em Meio ao Torvelinho,
Percebeu o Grande Embrulho,
Mas, Não Tendo Outro Jeito,
No Laureado Votou,
Porque Tinha Gran Respeito
Pel’o Vice-Fiador:
Aquelle Vice-Afilhado
Do Amado Dictador,
Do Coligar-Laranjado:
PTB e Opositor.
Não S’Esqueça, Meu Amado!,
Meu Leitor do Coração!,
Lograram o Eleitorado,
Naquella Dicta Eleição,
Prometendo Um Neo-Reinado
De Assistência ao Pobretão,
Mas o Dicto Cujo Cuidado
Ficou Só Na Intenção.
Mas, Hoje, Aqui no Elevado
Gran Brasil-Revelação,
Graças ao Muito Amado,
O Nosso Luís-Irmão,
O Que em Demandar Suado
Venceu a Negra Inflação,
O Pobrim Foi Bem Cuidado,
Já Tem Agasalho e Pão
E Carrinho Estacionado
Em Frente ao Seu Bell-Portão
Do Alcacer Financiado
Com o Progresso da Nação.
Hoje, o Espectrado
Do “Antigamente Sem Pão”,
Já Se Vê Conceituado
Quomodo Gran Cidadão,
Passou a Ser Respeitado
No Mundo da Convenção
Do Comércio Elitizado
Do Capitalismo-Felão,
E Em Patamar Bem-Menado,
Com Auto-Estima e Galardão,
Com Computador Bem Ligado
Na Internete do Povão,
Já Distingue a Embromalhada
Da Chamada Oposição,
Que Não Aceita a Guinada
Em Prol do Dicto Povão,
Estumando a PIGarada
Contra o Luís Grande Irmão,
Pra Atingir à Mui Honrada
Presidenta da Nação,
A Que Foi Muito Aclamada
Nesta Última Eleição,
Guerreira Conceituada
P’ra Comandar a Nação.
E Tem Jaião Elitizado
Que Já Governou o Povão,
Com o Mesmo Vei-Parolado
Daquelle Tempo Antigão,
Querendo Que o Desprezado
Em Annos de Tradição
Acredite que Vai Ser Cuidado
Pel’a Dicta Oposição,
Com o Falar Re-Arrumado
De Discurso-Enganação,
Dizendo-se Mui Preocupado
Com o Futuro do Povão.
Mas o Lance Orquestrado
Pelo Grupo-Burlação
Não É Em Prol do Espectrado
Da Terra da Promissão,
O Discurso Fantasiado
É Contra o Luís-Irmão,
Aqui, Homenageado
Quomodo Herói da Nação.
Ao Leitor da Gran-Demanda
Em Busca do Sancto Graal,
A Que Narra Esta Ciranda
De Turbilhão-Governal,
De Novo Pede Perdão
Pel’o Excurso do Narrar,
Pois a Demanda Em Acção,
Exige Um Continuar,
Contando a Vei-Burlação
Daquella Glória Lunar,
Burlando o Antigo Povão
Com o Sonho Espectacular
Da Terra da Promissão
No Gran Brasil Exemplar
– Em Tempos Que Longe Vão
P’ra Nunca Mais Aqui Voltar.
Quem Narra Pede Perdão,
Por Rapidamente Parar,
Na Próxima Capitulação,
Promete Continuar
A História do Gran Prodígio,
Prodígio Fenomenal,
Levando o Voto-Litígio
Para o Planalto Central.
Driblando o Gran Povaréu
Com Promessa Sem-Igual,
Prometendo Um Novo Céu
Para o Pobrim-Espectral.
Mas o Vei-Desmoronado
Da Estrutura da Nação,
Só Será Apresentado
Na Próxima Capitulação.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL - NO SONHO DO SANCTO JOÃO, A TERRA DA PROMISSÃO
A DEMANDA ACTUAL DO SANCTO GRAAL NACIONAL – NO SONHO DO SANCTO JOÃO, A TERRA DA PROMISSÃO
NEUZA MACHADO
Era o Anno Oito Três
Do Dezanove Finado,
E a Profecia se Fez
Em Sonho Santificado,
Um Sonho d’Um Gran Profeta
De Um Mundo em Ascensão,
Um Profeta Neo-Asceta:
O Dom Bosco ou Sancto João.
E o Profeta Então Previu
A Terra da Promissão,
No Centro do Gran Brasil,
Com Muito Ouro e Carvão,
Minérios e Pedras Mil,
Petróleo em Profusão,
Uma Terra Sem Ardil,
Mui Propensa à Mansidão.
Um Sonho Com Muita Luz:
A Neo-Terra Prometida
Ao Gran Povo de Jesus
Que nos Baixios da Vida
Carregava Grande Cruz,
Enfrentando Fome e Frio,
Sem Casaco, Sem Capuz,
Em Seu Viver Mui Sombrio.
Na Sancta Folha Cristã,
O Sonho Foi Registrado,
Demarcando o Amanhã
De Um País Muito Dourado.
O Sancto Bosco Sonhou
Um Sonho-Revelação
E o Sancto Pai Rubricou
O Sonho do Sancto João.
O Sancto João Aportou
Na Grande Terra-Brasil
E Por Aqui Passeou
Dentro d’Um Sonho Sutil.
Veio de Roma Mui Bella
Até às Nossas Paragens,
Num Sonho de Aquarela
Com Mil e Uma Visagens.
O Sancto João Enxergou
Planícies e Gran Montanha...
São João Bosco Demarcou
A Veiga de Neo-Campanha...
Entre os Graus de 15 a 20,
Um Grande Espaço de Terra,
Um Lago de Gran Requinte:
Ali Brasília se Encerra.
E na Terra da Promissão,
Muito Leite e Muito Mel,
Gran Riqueza Em Profusão...
Louvores Subindo ao Céu...
E Nesse Imenso ValLote
Previsto no Vei Sonhado,
Surgiu a Neo-Camelote
De Um Povão Espectrado.
Mas Neste Neo-Querelão
(A Minha Demand’Alada),
Depois do Grande Sonhão
De Dom Bosco, o da Esplanada,
O Sancto João que Sonhou
Com Brasília Abençoada,
Ao Leitor, Amigo Meu!,
Relato a História Contada,
Contada Por Quem Viveu
Toda Aquella Trapalhada
(A Dicta Morte do Getúlio,
O Da Lealdade Doada),
Contada Por Quem Sofreu
Em Meio ao Povim Sem-Nada.
Contada Per o Herdeiro
De Senhor Escravocrata,
No Acto, Já Sem Dinheiro
E Sem Necas de Vei-Bravata
(Aquelle do Neo-Povim
Do Dinheirinho Contado
O do Salariozim Melhorzim,
O do Radinho Comprado).
Foi Aquelle, o Que Contou
A Se Valer da Memória
A “Demanda” Que Faltou
Nos Annais da Veira História:
Por que o Grande Influente
Juscelino da Esplanada
Conseguiu ser Presidente,
Convencendo a Povarada.
O Povo Amava o Getúlio,
Da Oposição Não Gostava,
Mas Em Eleição de Embrulho
O Partido Forte Ganhava.
E Com a Morte do Paizão
O Povão Ficou ao Léu,
Sem Saber a Direção
Do Caminho Para o Céu.
O Juscelino Camarada
Também Foi Opositor,
Foi Contra à Lei Criada
Pelo Bom Vei-Dictador,
Lei que Ajudava o Pobrim
A Ter Salário Melhor,
Sem Vidinha Vei-Chinfrim,
Diminuindo o Suor.
Aqui Neste Demandar,
Relembrando Quem Suou,
A Que Narra, a Contar
O Que Seu Pai Lhe Contou:
A Veira História Com Glória
De Um Homem da Oposição
Mas Que Obteve a Vitória
Com os Votos do Gran Povão.
Era Eleição Comandada
Por Mandante Senhorzão,
O Pobre, da Vei-Jornada,
Pra Votar, Tinha Argolão,
Só Votava no Partido
Dos Donos da Situação,
O Pobrezim Sem-Vestido
Não Tinha Direito Não.
Entretanto, Pouco Mudou
Na Vida do Sofredor,
O Brasil se Transformou
Beneficiando o Senhor...
E o Pobrim Continuou
No Trabalho-Escravidão,
E o Mais-Pobrim se Finou
Sem Ter Sequer Um Tostão...
A Glória do Laureado
Ficou Marcada na História,
Não se Olha o Outro Lado
Da Gran Pobreza Sem-Glória.
É Preciso Um ReLembrado
De Quem Viveu a Tensão,
A Repor o Veiro Fado
Para Uma Nova Versão.
Mas o Gran Continuado
Do Presidente Eleito,
O Juscelino Endeusado,
Seguirá Com Gran Respeito.
E o Viver Espectrado
Dos Subnutridos de Então,
Por Certo Será Revelado
Na Próxima Capitulação.
NEUZA MACHADO
Era o Anno Oito Três
Do Dezanove Finado,
E a Profecia se Fez
Em Sonho Santificado,
Um Sonho d’Um Gran Profeta
De Um Mundo em Ascensão,
Um Profeta Neo-Asceta:
O Dom Bosco ou Sancto João.
E o Profeta Então Previu
A Terra da Promissão,
No Centro do Gran Brasil,
Com Muito Ouro e Carvão,
Minérios e Pedras Mil,
Petróleo em Profusão,
Uma Terra Sem Ardil,
Mui Propensa à Mansidão.
Um Sonho Com Muita Luz:
A Neo-Terra Prometida
Ao Gran Povo de Jesus
Que nos Baixios da Vida
Carregava Grande Cruz,
Enfrentando Fome e Frio,
Sem Casaco, Sem Capuz,
Em Seu Viver Mui Sombrio.
Na Sancta Folha Cristã,
O Sonho Foi Registrado,
Demarcando o Amanhã
De Um País Muito Dourado.
O Sancto Bosco Sonhou
Um Sonho-Revelação
E o Sancto Pai Rubricou
O Sonho do Sancto João.
O Sancto João Aportou
Na Grande Terra-Brasil
E Por Aqui Passeou
Dentro d’Um Sonho Sutil.
Veio de Roma Mui Bella
Até às Nossas Paragens,
Num Sonho de Aquarela
Com Mil e Uma Visagens.
O Sancto João Enxergou
Planícies e Gran Montanha...
São João Bosco Demarcou
A Veiga de Neo-Campanha...
Entre os Graus de 15 a 20,
Um Grande Espaço de Terra,
Um Lago de Gran Requinte:
Ali Brasília se Encerra.
E na Terra da Promissão,
Muito Leite e Muito Mel,
Gran Riqueza Em Profusão...
Louvores Subindo ao Céu...
E Nesse Imenso ValLote
Previsto no Vei Sonhado,
Surgiu a Neo-Camelote
De Um Povão Espectrado.
Mas Neste Neo-Querelão
(A Minha Demand’Alada),
Depois do Grande Sonhão
De Dom Bosco, o da Esplanada,
O Sancto João que Sonhou
Com Brasília Abençoada,
Ao Leitor, Amigo Meu!,
Relato a História Contada,
Contada Por Quem Viveu
Toda Aquella Trapalhada
(A Dicta Morte do Getúlio,
O Da Lealdade Doada),
Contada Por Quem Sofreu
Em Meio ao Povim Sem-Nada.
Contada Per o Herdeiro
De Senhor Escravocrata,
No Acto, Já Sem Dinheiro
E Sem Necas de Vei-Bravata
(Aquelle do Neo-Povim
Do Dinheirinho Contado
O do Salariozim Melhorzim,
O do Radinho Comprado).
Foi Aquelle, o Que Contou
A Se Valer da Memória
A “Demanda” Que Faltou
Nos Annais da Veira História:
Por que o Grande Influente
Juscelino da Esplanada
Conseguiu ser Presidente,
Convencendo a Povarada.
O Povo Amava o Getúlio,
Da Oposição Não Gostava,
Mas Em Eleição de Embrulho
O Partido Forte Ganhava.
E Com a Morte do Paizão
O Povão Ficou ao Léu,
Sem Saber a Direção
Do Caminho Para o Céu.
O Juscelino Camarada
Também Foi Opositor,
Foi Contra à Lei Criada
Pelo Bom Vei-Dictador,
Lei que Ajudava o Pobrim
A Ter Salário Melhor,
Sem Vidinha Vei-Chinfrim,
Diminuindo o Suor.
Aqui Neste Demandar,
Relembrando Quem Suou,
A Que Narra, a Contar
O Que Seu Pai Lhe Contou:
A Veira História Com Glória
De Um Homem da Oposição
Mas Que Obteve a Vitória
Com os Votos do Gran Povão.
Era Eleição Comandada
Por Mandante Senhorzão,
O Pobre, da Vei-Jornada,
Pra Votar, Tinha Argolão,
Só Votava no Partido
Dos Donos da Situação,
O Pobrezim Sem-Vestido
Não Tinha Direito Não.
Entretanto, Pouco Mudou
Na Vida do Sofredor,
O Brasil se Transformou
Beneficiando o Senhor...
E o Pobrim Continuou
No Trabalho-Escravidão,
E o Mais-Pobrim se Finou
Sem Ter Sequer Um Tostão...
A Glória do Laureado
Ficou Marcada na História,
Não se Olha o Outro Lado
Da Gran Pobreza Sem-Glória.
É Preciso Um ReLembrado
De Quem Viveu a Tensão,
A Repor o Veiro Fado
Para Uma Nova Versão.
Mas o Gran Continuado
Do Presidente Eleito,
O Juscelino Endeusado,
Seguirá Com Gran Respeito.
E o Viver Espectrado
Dos Subnutridos de Então,
Por Certo Será Revelado
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