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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

VII - AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE


VII - AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE


 

NEUZA MACHADO
 
 

 
 
 

VII


 

Na Praia do Saco Grande,

lá p’las bandas do Mirado,

estava a Dianna Dummont

diante do Jaião Mareado,

o tal Netuno Amarante,

parente do Zeus do Passado,

pois sua voz altissonante

provinha de Veiro Narrado.

 

E conversando fiado

com o Netuno Maresia,

o Grande Rei do Mar Salgado,

naquela hora do dia,

dia de muita magia,

a Mineira do Pasmado

Repleto de Resplendor,

esqueceu o neo-do(a)do,

esqueceu seu velho amor,

aquele ser ensolarado,

o tal Toinzão Multicor,

e digeriu um papo bem acabado

com Netuno Adamastor,

que, no Quinhentos, já passado,

pelo Camões, exaltado,

foi brilhante, transformado

em Montanha de Valor,

separando o Mediado

do Moderno Concolor.

 

O que, no início, não sabia,

nem mesmo desconfiava,

era que, ao longo do dia,

que a findar já começava,

muita aventura sandia

a sua viagem entrevaria,

e tão cedo não chegaria

ao Monte que tanto amava.

Pois, para seguir sempre adelante,

em direção ao Super Monte

da Grandeza Original,

a Diannazinha Voante

teve de enfrentar,

com rompante,

o furor desavisante

de um Veiroto Zagal.

 

E era um Azagal Implicante,

bolorento, decadente,

antigamente importante,

antigamente influente,

da Idade Medial,

pois para chegar ao Mirante

com palavra-luz, somente,

aventuras neobrilhantes

teria de enfrentar, dali pra frente,

afinal,

uma vez que,

no Vinte Um Já Imperante,

neste Brasil Importante,

um cantar altissonante,

narrante e muito rimante,

não constava incomodante

em novíssimo embornal

de cantador impressionante

à moda do tal Zagal,

qualquer cantor neovagante,

de Epopeia Triunfante,

nunca se viu, aqui, atuante,

neste Vinte Um já passante,

e a Dianna Anelante

necessitava, inflamante,

de um Cantar Neo-Importante

para vencer o Azagal,

o tal Zagal Maioral,

que, numa mesinha rasante

de cor insignificante,

apoiado no beiral,

ouvia a conversa incessante,

insólita,

meio girante,

da Dianna Viajante

com o Vei-Netuno Abissal

de Natureza Imortal.

 

O Azagal Implicante,

com fúria descontrolada,

ria da Dianna do Monte

e de sua parolagem cifrada.

E lá em seu canto borolante,

um lugareco esconsado,

cantinho bem antiquado,

em uma mesinha baloiçante,

de antiguinho pé quebrado,

por certo!, não-vacilante,

ainda vei-resguardado

por livros de antigo falar,

o Azagal, já destronado,

queria com ela lutar,

luta de Narrador Inflamado,

per com ela pelejar,

só para, com fúria, irritado!,

com veira destreza!, provar

que o neo-d(o)ado,

desarmado,

de um neo-canto espiralado,

era linguagem neo-vulgar,

pois se esquecia, o Atrasado,

que o cantar do Vei-Passado,

no tal Segre Começado,

teria de se ajustar,

com muito agrado, enrolado!,

às normas de um neo-renovado

e diferente narrar,

repleno de versos rimados

e história não-linear,

quomodo fez o Pessoa,

o Fernando D`Além-Mar,

o Fernando de Lisboa,

em sua Mensagem sem par,

no século XX já passante,

um Segre mui estressante,

caótico, beligerante,

que vai dar o que falar

no futuro-ali-adiante;

o Fernando de Lisboa

de Portugal Secular,

e cujo Canto ressoa

acá nesta debanda do Mar,

o mesmo Marzão de Água Boa

que banha a Banda de Lá.

 

Para a Empresa acertar,

a ajuda especial

do Faetonte Milenar

seria coisa normal;

o seu brilhoso sem-par

iluminaria o Neo-Astral

da Diannazinha Dalmar

ou da Serra Original

chamada de Conceição

por seu povo animação,

por seu brilhoso pessoal.

 

Só que,

em do(a)do aladu’instante,

a Dianna ficou só,

o tal Bonitão Faiscante,

numa tristeza de dar pó,

sumiu entre as nuvens, Brilhante,

deixando a Dianna n’um nó,

um nó no enredo cantante,

enredo desafiante,

um Sol-Lá-Si sem o Dó,

barbante muito enrolante,

com palpitação anelante

no fundo do seu gogó,

u’a palpitação estressante,

por certo neo-intrigante,

tendo de cuidar da Voante

Carruagem Extra-Astral

e da Malta Guard`Atlante,

no final do Arrebol,

a Malta do Veiro Irritante

de Raiva Descomunal.

 

No entanto,

mui rebuscado,

a Dianna estacionava

com o Netuno Vei-Primado.

E a Senhora Noite já chegava

com seu mover camuflado,

obrigando a que Andava

a pernoitar no Abrigado,

ou seja,

na Maison, Aquariava,

de Urano Desregrado,

aquele que se exilava

no Galpão Peixe Dourado,

enquanto o dono da Casa,

o Netuno PreAmado,

mareava e marolava

no Chalezinho Encantado,

Chalezinho Aquariado

de Urano Mal-Amado,

os quais, neste Neo-Enrolado,

os dois,

de Casa tinham trocado.

 

O Heliosponte longe estava,

a brilhantar do outro lado.

No Oriente ele passava

seu Grã Carrão enfeitado,

com mil lanternas, brilhava,

à moda do Orientado,

um Carro de brilho quente,

um Carrão mui colorado,

um Carro bem diferente,

robusto, revigorado,

o símbolo do Sol Nascente,

conduto evidenciado,

diferente do Ocidente,

ad’aonde já chega cansado,

o acá dito Sol Poente

do Ocidental Mumificado.

 

E o Toinzão Itinerante,

antigamente chamado

de Faetonte Gigante,

o filho desnaturado

de Apolo Helius Brilhante

daquele passado honrado,

por certo! bem decorado!,

o que roubou o carro’ardente

de seu pai sacralizado,

trazendo para o Ocidente

as brasas do Luminado,

só para agradar toda gente

de nosso Bello Cercado,

pois o Brasil Super Potente

é por ele muito amado,

o Sol brilha, incandescente,

do Norte ao Sul, lado a lado.

 

Mas, de noite, retornando

ao princípio do Ostentado,

ao Oriente regressando

para brilhar neo-redobrado,

as Orientais neobeijando

com beijo revigorado,

e só pela manhã voltando

com neobrilho energizado,

às primeiras horas do dia,

para continuar o firmado,

ou seja,

oferecer companhia

e beijo revitalizado,

um beijo de Estrello-Guia

na Diannazinha Maria

do Cantar Espiralado,

pois, à noite,

no escuro, rumaria,

a Dianna Neo-Narrado,

com a força da assuãrazia

de grupo esoterizado,

lá p’las bandas da Abadia

de Amadeus Mui Amado,

que, junto de neoconfraria,

habitava um descampado

na Gran Montanha Vazia

do Narrar Espiralado,

a Montanha Fiuzaria,

o rumo determinado,

e, por ora,

e por agora,

neste instante

e nesta hora,

Bell sozinha seguiria

e sem rumo vagaria

sem o Faetonte ao seu lado,

mas só depois da assuãrazia,

assuãrazão neo-embolado,

que com muito gosto faria

e novel destacaria

com o Rei do Mar Salgado.

 

E depois da eixecaria,

repleta de termo cifrado,

palavras sem serventia,

por ser Briga do Togado,

doutor da veira mania

de português latinizado

contra a doutora Dianna

do Brasilês Puridado,

a dona Fiuzaria

do Segredo Companhia

Brasileiro Renovado,

que por supuesto arrostaria

com o Azagal da mesa ao lado,

o douto sem serventia

do Terceiro Começado

prum tempo de gritaria

e parolão repensado

retirado da courelia

do Medial bem trovado,

Neo-Segre da valentia

de romper com o vei-passado,

Neo-Mundo siiralento

a trebelhar com cuidado,

o Vinte e Um de um momento,

por certo!, Regenerado,

em que o Ex-Povo-Mulambento,

no vei-passado humilhado,

escolhe o seu Influente

sem látego no neocostado,

seja ele um Presidente

provindo do Sujeitado,

o Metalúrgico Insistente,

de olhar resplandecente,

o Luís Inteligente,

por duas vezes Presidente

do meu Brasil Muito Amado;

ou um Índio Boa Gente

da América do Sul, Valente,

a guiar mui continente

um País Civilizado;

ou um Mestiço Inteligente,

negro e branco na corrente

do sangue sacralizado,

vencendo a fúria demente

do Presidente Passado,

vencendo batalha afolente,

neocombate acirrado,

na América do Norte De Mente,

no Próximo Assinalado,

o 2008 da Frente do Povo Politizado,

o Obama, Presidente

do Americano Estressado

que, guerreando no Oriente,

por ordem de Imprevidente,

almeja, impetuosamente,

o Americano inocente,

o sossego desejado,

votando no Diferente,

um Negro de Verbo Ardente,

impetuoso, animado,

provando, pra toda gente

do Mundo Civilizado,

que o preconceito existente,

até ao Segre Vei-Passado,

não vingar-se-á no Presente

de um Milênio Renovado,

distante de guerra indecente

e de cogitar atrasado,

buscando o Futuro de frente

sem temor do neo-d(o)ado;

então, eis aí, minha gente!,

o que vos afirma a Vidente

Dianna do Neo-Narrado:

no 2008,

diversamente

do que ocorreu no Passado,

a América do Norte, inclemente,

de preconceito atrasado,

terá, como Residente

do Palácio Esbranquiçado,

um Negro Grandiloquente

no Pedestal bem firmado.

 

Pois, agora, estacionada,

parolando com paixão,

um tantinho espiralada,

mas com presilha no chão,

com a companhia d(o)ada

de Netuno Posseidon,

sorvendo história passada

repleta de muito som,

o som que vinha da Pousada

do Veiro Aviziboõ,

olhando PerDuração Puridada

brilhantemente espalmada

na palma de sua mão,

antevendo um Porvir Sem Muro

para o Brasil Neo-Nação,

sabendo-o muito seguro

nas mãos do Luís Grande Irmão,

o disposto com urdidura

para salvar o Mundão.

 

Assim, Amém!,

Assim Seja!

Que o Deus do Céu o proteja!

E que a nossa Seara seja

uma Sinecura Segura,

um emprego mui disputado

por Brasileiro Constante

ou Estrangeiro Viajante

do Mundo Globalizado,

e que toda Criatura,

deste Mundão Açulado,

antecoante,

em paz,

asado,

na próxima Via Futura,

venha partilhar da Fartura.

 

Então?!

Então não?

A Dianna parolava

com o dito cujo Jaião,

o Jaião da Maré Brava,

tão longe de seu Sertão,

aquele Sertão da Alcaçava

de Amadeus Antigão,

o tal Mago que habitava

o Alto da Conceição,

um Monte Azul que evolava

de seu Pensamento em Ação,

Aquele que em Minas estava

para lhe dar proteção,

enquanto a Dita morava

na ex-Capital da Nação,

a Cidade que reinava

no fundo do coração,

pois a Cidade adotava

os que vinham do Sertão,

dando guarida, velava,

ofertando proteção

à mineirada’atilada,

que vinha espiralada,

com a escudela na mão.

 

Mas, a parolagem da Dianna,

com o dito Jaião Mareante,

era uma intriga-gincana

sobre o passado distante,

quando o Netuno reinava

nas águas do Veiro Atlante

e as sereias namorava

nas praias de lá, passante,

no tempo de mil amores

e de muito beijo ardente,

amor de mil’esplendores

despertando o Mar dormente.

 

Mas, quomodo o dito e grafado,

o outro Jaião Implicante,

o Jaião Latinizado

de um tempo já bem distante,

estava, ali, na mesa ao lado,

pronto para um EntreVero arretado

com a Diannazinha Dummont,

dizendo que o seu Parolado

era Comédia Farsante,

pois a Dianna do Cercado

do Neo-Brasil Imperante

não possuía palafrém neoblindado

para seguir adelante,

e que o seu Novinho Enrolado,

com verso neocamuflado,

era Canto insignificante,

um brasilês sem costado,

do português bem distante,

um português devastado,

destruído e mal-falado,

sem o valor do passado,

para seguir sempre adiante.

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