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sábado, 9 de fevereiro de 2013

IX - AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE


IX - AS AVENTURAS PROSOPOPAICAS DE DIANNA VALENTE



NEUZA MACHADO

 

 

 

IX


Então!?

Então, por que não?!,

já e já, antecoante,

no princípio do horizonte,

ressoava, mui vibrante,

a barulhada marcante

do Carro de Apolo Cantor,

trazendo na boleia, alojante,

o Toinzão Multicolor,

antigamente chamado

de Faetonte Terror,

ou Faetonte Roubante,

por ter, com muito valor,

roubado o Carrão Alado,

o Carrão Iluminado

de quem lhe deu vida e amor,

trazendo-o, acalorado,

para o Brasil Redentor,

para beijar a Dianna,

uma Sacerdotisa Bacana,

que, pela manhã, muito sana,

retornava a Caravana

até ao Monte do Amor,

em busca de seu Passado,

um Passado Idolatrado,

por certo, sacralizado,

repleto de resplendor.

 

Mas, retomando o passado,

na noite do neonarrado,

a Dianna do Cercado,

chamada também Dumar,

havia a Dita se abrigado

per esperar o Sol’Asado,

o Carro Oportunizado

do Toinzão, por ela, amado,

que estava a brilhar no Oriente,

o filho americanizado

do Gigante Heliosponte,

chamado, antigamente,

de Brilhante Faetonte,

um filho desnaturado

que roubou o Carro’ Alado

de seu Papai desamado,

trazendo-o para o Ocidente,

para brilhar redobrado

no Terral Neo-Aclamado,

o Brasil Muito Influente.

 

Então!? Então, por que não?!,

É preci(o)so re-explicar:

a Dianna Encarnação

estava ali a pernoitar

na Maison do Puro Vinho

de Netuno PreAmar,

ou Maison AquaMarinho

de Urano Bom Velhinho,

que, por fatalidade tirana,

estava alá,

no tal Terral Albergana

de Netuno Piradinho,

a curar a carraspana

de bom vinho vermelhinho,

naquela hora bacana

repleta de torvelinho,

um cogitar doidivana

ou pensar redemoinho,

exilado, sem força insana,

a sua neurose romana,

em um Grandioso Ninho,

ou seja,

na Maison Pisciana

da Pura Água Fontana

do mesmo Netuno Marinho.

 

E este Embaraço consentido,

ou se quiser, sem sentido,

meu Leitor!, meu Amiguinho!,

só será bem entendido

por quem ler o Pergaminho

do Astrólogo Precavido,

o Amadeus Mui Precatado,

o Oraculante Preferido

dos deuses do Vei-Passado

da Astrologia do Fingido,

que fala do vei-narrado,

amadurecido,

extinguido,

do Astral Instituído,

um Pergaminho Velhinho

um tanto amarelecido,

mas com valor revivido,

um neovalor renovado.

 

Co a chegada do Toinzão,

a Dianna, mui contente,

despediu-se do Jaião,

o doutor impertinente,

que, ali, na contramão,

armou entrevero quente

co a Dianna Eixerdação,

distante do Sol Poente,

o qual,

antes da Prima Hora,

estava a viajar no Oriente,

mas, no ato do agora,

voltava, muito contente,

para iluminar a Alada,

a Dianna Espiralada,

uma Sacerdotisa De Mente

airosa e ativada,

viajante, incontinente,

por certo, espiritualizada,

por um nadica, um nada,

arruma as trouxas, diligente,

e vai, sem destino ou pousada,

tocando o Carro pra frente,

sorteando a estrad’alada,

se, por destino patente,

surgir, assim, bem de repente,

repentina encruzilhada,

fazendo-a, impertinente,

escolher a estrad’asada.

 

Do Netuno Preamar,

a Dianna se despediu,

prometendo o visitar

lá pelo novembro exemplar

do 2008 Gentil,

um Anno Espetacular

como acá nunca se viu,

porque, nesse Anno Sem-Par,

o Mundo evoluirá,

deixando o preconceito findar

em um Passado Senil,

prescrevendo ũa Paz Sem-Par

para um Porvir de Cem Mil.

 

Co a chegada do Toinzão,

a Dianna, mui contente,

despediu-se do Jaião

e tocou o Carro à frente;

despediu-se do Netuno,

um amor bem antigão,

e buscou um novo rumo

para realçar a Canção,

pois a Estrada Rebuscada,

que vai per a Serra Alada

do Alto da Conceição,

é estrada esburacada,

com armadilha fincada,

não é estrada mareada,

não tem nenhuma Enseada,

nem Taberna Adivinada,

nem Netuno de Roldão;

está longe da Baía,

da Costa do Brasilzão,

está na Montanha Vazia,

em direção ao Sertão,

ou das Altas Serranias

das Minas de Ouro e Carvão,

e para a Dianna Sem-Guia,

à moda de Veiro Narrar,

uma neo-invocação pré-urgia,

para a Via alumiar,

e, com grande maestria,

retomar o Neo-Cantar,

para seguir, com alegria,

e em boa companhia,

o Toinzão Neo-Milenar,

até a Serra Ventania,

a Serra da Alegria

de Amadeus Trilenar,

o Chefe da Confraria

de o Zeus de o Antigo Troar.

 

O destino, pré-declaro!,

da Viagem de Roldão,

era visitar o Preclaro

do Alto da Conceição,

o Amadeus do Olho Raro

no Centro de seu Frontão,

morador do Monte Claro,

vizinho do de São João,

nas Serranias de Minas,

Estado Bem Antigão,

das iguarias divinas

feitas por divas mãos,

mãos de diligentes Meninas

e Velhas de Muita Ação,

das Cozinheiras Faceiras

cozinhando cereais

nas Cozinhas Hospitaleiras

do Estado de Minas Gerais.

 

A Serra, por ela amada,

de beleza sem-igual,

situada e assinalada

bem longe da Capital,

era Serra Espiralada,

pertinho de Laranjal,

ou melhor,

a Serra Asada,

ficava, bem situada,

perto de um outro local,

chamado de Carangola,

a Princesinha Frajola

da Mata Fenomenal,

Zona Mui Caipirona

de meu Estado Natal,

fronteiriça Faixa Urbana,

por certo!, mui Grandalhona,

do Pedestal Racional.

 

Assim, assim!

Assim, não!

Assim, então, por que não?

Com a chegada do Toinzão,

a figura ensolarada

da cabeleirona dourada

repleta de animação,

de cabeleiron’assanhada

iluminando a amplidão,

o dia se iluminou,

e a Dianna se animou

a retomar a Estrada,

a tal Estradazinh’Alada,

que serpenteia, agitada,

a Serra Espiritualizada

do Caparaó Cantochão,

cantado em verso e prosado

por Menestrel de Expressão,

manifestando o d(o)ado

com grande imaginação,

até à novel Alcaçada

de Amadeus Antigão,

uma Via Espiralada,

repleta de Trovoada

e muito Ar-de-Monção,

Vento que vem da Enseada

de Netuno Ancião,

que fica na Porta’Alada

da Entrada Espiralada

do Reino da Invenção,

para, depois, bem-menada,

alcançar a Renomada

Serra da Conceição,

uma Serra imaginada

com muita consideração,

por ter, com honra ganhada

de Deus Pai do Vei-Cristão,

acolhido a pro-manada

de gado e galinha assada,

além de semente d(o)ada

para verdejar o Sertão,

e que, aqui, nesta Enrolada

Cantoria Bem Menada,

não deve ser profaçada,

deve, sim!, ser muito honrada,

com finura trebelhada,

fazendo sembrante bõo,

mostrando ser a Galanada,

uma Serra Abençoada,

o Alto da Conceição,

pois foi lá que a Afolada

Dianna Anunciação

começou a caminhada

neste Mundão Sem Frontão,

quando o seu Pai Aquileu,

descendente de Peleu,

na Alvorada Encantada

de um dia-revelação,

plantou semente bem louvada,

ou semente vida’alada,

em sua esposa adorada,

a Jane do Grã Sertão,

quando, em um Fevereiro exemplar,

estavam os dois a namorar,

muito de bem a brincar

na Casa do Guardião

da Montanha Milenar,

o Amadeus Avozão,

cujo nome trilenar

era Amadeus Secrelão,

três Segres a vivenciar

as voltas do Temporão,

do Tempo de Bem Amar,

de bem amar com paixão,

para em Novembro Sem-Par

do quarenta e seis de então

dar vida ao Embrião,

ou seja,

a Diannazinha Lunar,

mas, que fato espetacular!,

mesmo sendo suplementar,

a dita cuja sem par

Dianna da Serra e Dumar,

nasceu mesmo no Sertão.

 

Ao desviar o caminho,

passando per o Mar Atlante,

a Dianna do Arminho

Branquinho Reverberante,

ou Dianna do Caminho

da Lua Nova Adamante,

foi conversar com o Marinho

Netuninho PreAmante,

enquanto o Toinzão Bonitinho

voava ao Oriente Distante,

para voltar, bem cedinho,

e os dois seguirem adelante.

 

E, de manhã, com ventinho,

quando o Faetonte voltasse,

e lhe fizesse um neocarinho

com os raios da matinada,

a Dianna se animaria

a retomar a Estrad’Alada,

e asinha se enlaçaria

ao Toinzão da Revoada

de Pássaros e Batucada

e da Fiz Neo-Caminhada,

pois, oimais,

antecoante,

dali pra frente, doravante,

o Jaiazão Neo-Gigante,

o Toinzão Itinerante

dela não se livraria,

a Dianna Afolante

ou Dianna Enluarada,

e os dois, em carreat’atirada,

press pressa subiriam

a Charretona Aluada,

Charrete Desatrelada,

por certo!, Desengonçada,

e, com nova assuãrazia,

em novel Via Vazia,

a caminho seguiriam

ao Horizonte Trifrontante.

 

E, certamente, seria

um ensolarado dia,

e a meiga cotovia

um belo dia prediria,

e para os Amantes faria

uma Estrada Bem Asada,

estrada despovoada,

de ventarol’animada,

cheia de curva enrolada

e parole ávol e dada,

parole mui bem tramada,

por certo!, abençoada

na Escudelona Gigante

do Sacerdote do Nada,

― o Nada Edificante,

do Velho Conceito distante,

da Era Neo-Pivotante

ou Era Descondensada

do dois mil e sete, passante,

século de gente enfezada

a guerrear por nanada,

a passar em revoada ―,

o Júpiter Tonitruante

da Ordem Latinizada.

 

Entretanto,

a Viagem ao Santo Monte,

ou Monte do Bello Horizonte,

distanciara-se um tantinho,

necessitando antecoante

de retomar o neo-cadinho

de argila refratante,

de operação quimicante,

per temperatura de vinho,

pois, sem gasolina brilhante,

a Carruagem Voante

não chegaria ao Pré-Ninho

de Amadeus Pivotante,

o Sacerdote Bonzinho,

que, com ternura e carinho,

augurava, à Quiromante,

um caminho bonitinho,

sem pedregulho ou espinho.

 

A Viagem ao Santo Monte

desviara-se um tantinho,

pois, perto de Belo Horizonte,

havia um neoburburinho,

a dizer que um Pré-Gigante

estava a bloquear o caminho

da Diannazinha Du Monte,

em seu cantar afolinho.

 

O fato desiderato

foi o seguinte relato

de este narrar consentido:

A Diannazinha do Matto,

com seu vestido florido,

esqueceu-se do Alado,

seu Charreteiro Querido,

e foi asinha, de fato,

falar com o Destemido,

que estava, em aparato,

a imprecar contra o Precato

que fez o Luís Querido.
 

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